Modesta homenagem ao Povo mártir do primeiro País de Sec. XXI
O autor
NOTAS (ILUSTRADAS) E FOTOS
(COMENTADAS) DE UMA ESTADIA
Terra de contrastes, de rara beleza, de gentes simpáticas, cultura ancestral. Calor húmido e sufocante junto à costa, na época das chuvas, e um frio de bater o queixo na montanha. Montanhas abruptas, vegetação luxuriante, praias paradisíacas. Camarões nas ribeiras da montanha, mar de águas quentes, corais e peixes multiformes e policoloridos, lagostas, tartarugas, tubarões...
Não conheci nenhum militar português que tivesse estado em Timor Oriental, no tempo do colonialismo, que, nessa época, afirmasse gostar da sua estadia. A milhares de quilómetros da terra natal, longe da família e dos amigos, vivendo em condições, por vezes, bastante precárias, todos contavam os dias que faltavam para o regresso. Provavelmente havia algumas excepções, não o posso afirmar, não conheci.
Hoje, porém, recordam com saudade esses tempos, os colegas, as gentes, os lugares e as coisas que conheceram. Acompanharam, com preocupação, os tempos negros da guerra, da ocupação, dos incêndios e das chacinas. Alegraram-se com a independência. Pode haver excepções, não o posso afirmar, não as conheço. É também para os militares portugueses que estiveram em Timor como expedicionários que deixo aqui estas páginas... diz a sabedoria popular que "recordar é viver"