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A CHEGADA
A CHEGADA

Após um mês de viagem (pelo Mediterrâneo, Canal do Suez, Mar Vermelho, Oceano Índico, Oceano Pacífico), o navio "Timor" chega a Díli numa madrugada de Setembro de 1964.


Desde muito cedo que os decks estavam cheios, passageiros olhando o horizonte, descobrindo a paisagem à medida que o sol nascente ia empurrando a bruma que cobria a costa. Ali estava a baía de Díli, as montanhas...


(O lado esquerdo da baía, que se estende até ao morro da Areia Branca)

 

 

(Vista parcial da baía de Díli, ao nascer do sol, a partir do navio Timor. Ao centro a Igreja de St. António, também conhecida por Igreja de Motael. A fundo as montanhas apresentam o aspecto do fim da época seca)


(Aproximação à ponte-cais - à esquerda - cujas obras ainda não estavam concluídas)

 

(O navio Timor acostado à ponte-cais, que ainda se encontrava em construção. Foi o primeiro barco a atracar no porto. Anteriormente os barcos fundeavam ao largo, fazendo-se o transbordo de passageiros e carga através de barcaças)

 

(No 1º. plano as obras da parte posterior da ponte-cais. Mais atrás, dezenas de viaturas militares - principalmente jeeps e unimogs - aguardam o desembarque dos "lírios" - nome que designava os militares recém chegados -, para os conduzir para as unidades onde seriam colocados, de Taibesse, nos arredores de Díli, a todo o interior, da Ponta Leste à fronteira com a Indonésia)

 


Na época havia dois navios "gémeos", o "Timor" e o "Índia", que faziam a ligação entre Lisboa, Timor e Macau, normalmente com uma periodicidade de 3 meses (anteriormente ligavam também o "Estado da Índia", Goa, Damão e Diu).

Os barcos transportavam civis e militares.

O navio Índia atracado em Díli, algures em 1965. À pôpa está atracado o Arbiru, barco que fazio cabotagem em Timor e transporte de e para Singapura

A chegada de um barco a Díli era um dia de festa, localmente conhecido por "Dia de S. Navio" ou de "S. Vapor".

À noite a população ia a bordo fazer compras, aproveitando produtos difíceis de obter localmente - rádios, gravadores, máquinas fotográficas, relógios, vinhos, licores, discos - comercializados pelo bar e por alguns tripulantes. Aliás, era normal fazerem-se encomendas para o barco seguinte, em especial de produtos japoneses que eram comprados em Singapura, Hong-Kong e Macau.




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